A 2.ª Vara Federal Criminal de Curitiba decretou ontem a prisão preventiva do delegado da Polícia Federal de São Paulo, Carlos Fernando Braga, atendendo a pedido do Ministério Público Federal e Polícia Federal. Carlos Fernando Braga teria mantido contatos telefônicos, nos dias imediatamente anteriores à Operação Farol da Colina, com Antônio Oliveira Claramunt, um dos supostos doleiros que seriam presos na ocasião. Através de tais contatos telefônicos, ambos teriam acertado reunião para a véspera da operação policial.
Por força de tais contatos, a prisão de Antônio Claramunt foi antecipada pela Polícia Federal, tendo sido feita no dia 16 de agosto e não no dia 17 de agosto, como inicialmente previsto. Em depoimento, o delegado da Polícia Federal prestou informações sobre tais contatos e reuniões que não foram reputadas convincentes.
Em viagem
Um dia depois de pedir exoneração do cargo de superintendente da Polícia Federal em São Paulo, o delegado Francisco Baltazar viajou ontem e só retorna à cidade no próximo final de semana, segundo informou seu advogado, Paulo Esteves.
Investigado por envolvimento com o doleiro Toninho Barcelona, Baltazar deixou a cidade, segundo Esteves, “triste e desgastado” com o resultado das investigações da operação Farol da Colina. O delegado Carlos Braga era subordinado a Baltazar.