Justiça decreta prisão de 11 PMs no Rio

A Justiça do Rio decretou a prisão de 11 policiais militares que seriam líderes do movimento grevista. Já aconteceram cerca de 50 prisões de PMs que se recusaram a sair do quartel para realizar o patrulhamento ostensivo. Entre os líderes presos estão o cabo João Carlos Gurgel – Lotado no QG da PM – e o major da reserva Hélio Oliveira. De acordo com policiais, o coronel da reserva Paulo Ricardo Paúl, que possui um blog com críticas ao governo atual, também teria sido preso.

“Hoje, as vítimas são os policiais militares. Amanhã, pode ser a imprensa. Não há processo ou inquérito. É um absurdo colocar policiais e bombeiros em Bangu 1”, disse Gurgel antes de ser preso. A exemplo do cabo Benevenuto Daciolo, preso anteontem, os líderes da greve serão transferidos para o presídio de Bangu 1.

A adesão ao movimento é mais forte no interior do Estado. Em Volta Redonda, (sul fluminense) no sul fluminense, um soldado e um cabo foram presos. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e o Batalhão de Choque foram deslocados para a cidade de Campos (norte fluminense).

Em Barra do Piraí, os PMs se recusaram a sair para o patrulhamento e houve ameaças de prisões, que não ocorreram. Na capital fluminense, houve prisões no 2º Batalhão de Polícia Militar de Botafogo onde policiais protestaram com as sirenes ligadas, após a decretação da greve. No 4º BPM de São Cristóvão também ocorreram prisões.

O Sindicato dos Policiais Civis do Rio informou em nota que a adesão seria de 70%. Os agentes trabalham com 30% do efetivo e atendem ocorrências de ameaças, violência doméstica, furto de veículos. A Divisão de Homicídios não participa da paralisação.