Juiz ouve cinco testemunhas em 1ª audiência de Elize Matsunaga

Terminou por volta das 16h de hoje a primeira audiência de instrução para decidir se Elize Araújo Kitano Matsunaga, 30, vai ou não a júri popular pelo assassinato de seu marido, Marcos Matsunaga, 42. Hoje, apenas cinco das dez testemunhas previstas para prestar depoimento foram ouvidas pelo juiz Adilson Paukoski Simoni.

A audiência começou por volta das 10h no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. De acordo com o Tribunal de Justiça ainda não há data para a nova audiência onde outra cinco testemunhas deverão prestar depoimento.

Hoje, foram ouvidas as seguintes testemunhas de acusação: o delegado Mauro Gome Dias, que concluiu o inquérito do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa); Mauro Matsunaga, irmão de Marcos; Willian Coelho de Oliveira, detive contratado por Elize para filmar traição do marido; Horácio Rubem D’Abramo, amigos de Marcos; e Amonir Hercilia dos Santos, babá da filha do casal.

Outras cinco testemunhas que residem fora de São Paulo ainda poderão ser ouvida nos fóruns de suas cidades, informou o TJ-SP, mas ainda não há data para os depoimentos.

Elize é ré confessa e está presa desde o dia 4 de junho no Complexo Penitenciário de Tremembé (a 138 km de São Paulo). Ela é acusada de homicídio doloso triplamente qualificado (que serve para aumentar a pena): motivo torpe (vingança), recurso que dificultou a defesa da vítima e meio cruel.

Em agosto, a Justiça negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa. A liminar do pedido de liberdade já tinha sido negada em junho.

Crime

O crime ocorreu em 19 de maio, no apartamento onde o casal vivia, na Vila Leopoldina (zona oeste de São Paulo), e os pedaços do corpo de Marcos foram jogados em locais distintos de Cotia (Grande São Paulo).

Segundo sua defesa, ela matou Marcos após uma discussão na qual foi agredida por ele e também porque temia ficar sem a guarda da filha, em uma eventual separação do casal. A briga entre o casal começou porque Elize confrontou Marcos com a descoberta de uma traição por parte dele.

Para a Promotoria, Elize matou e esquartejou o marido de maneira premeditada para se vingar porque era traída e também para ficar com R$ 600 mil de um seguro de vida da vítima.