O juiz do 2º Tribunal do Júri da Capital, Paulo de Oliveira Lanzelloti Baldez, aceitou ontem a denúncia do Ministério Público (MP) contra Rafael Bussamra, que confessou ter atropelado o músico Rafael Mascarenhas na zona sul do Rio de Janeiro. Também serão julgados o pai do atropelador, Roberto Bussamra, o irmão Guilherme Bussamra e Gabriel Ribeiro, que estava dirigindo outro carro na hora do acidente.

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Rafael foi denunciado por homicídio doloso (quando há intenção de matar), corrupção ativa, por fugir do local do acidente, participar de corrida não autorizada em via pública e tentar induzir a erro, em caso de acidente com vítima, o agente policial.

Mascarenhas, de 18 anos, morreu no dia 20 de julho, no Túnel Acústico, na Gávea, que estava interditado para carros. Ele andava de skate quando foi atropelado. O filho da atriz Cissa Guimarães chegou a ser levado ao hospital municipal Miguel Couto, mas não resistiu aos ferimentos. Testemunhas contaram que os veículos trafegavam em alta velocidade.

O MP já havia denunciado os policiais militares Marcelo José Leal Martins e Marcelo de Souza Bigon, do 23º Batalhão de Polícia Militar (PM), no Leblon, que teriam cobrado R$ 10 mil de propina do pai de Rafael Bussamra para liberar o motorista.

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Hoje, o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) informou que a Auditoria da Justiça Militar indeferiu o pedido da defesa e manteve a prisão preventiva dos PMs acusados de corrupção passiva, falsidade ideológica e de descumprimento de missão. Para a juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, a liberdade dos acusados traria descrédito às instituições públicas, uma vez que os crimes foram praticados por quem deveria proteger a população.

A magistrada marcou para o dia 28 de setembro, na Auditoria da Justiça Militar, os depoimentos das testemunhas de defesa dos PMs. Serão ouvidos Guilherme, irmão de Rafael Bussamra; Gustavo Miraldes, carona do segundo carro que entrou no túnel no dia do atropelamento; o proprietário da oficina que teria consertado o veículo dirigido por Rafael; André Liberal e dois PMs, responsáveis pela supervisão dos acusados no dia do atropelamento.

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