O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), diz que vai defender um corte linear de 50% das emendas de bancadas e comissões ao Orçamento da União de 2008 como forma de compensar a perda de arrecadação com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Ele levará essa posição à reunião desta quinta-feira (10) no Ministério do Planejamento dos líderes da base aliada com o ministro Paulo Bernardo. Segundo Jucá, nesse encontro de hoje deverá ser decidido o formato dos cortes que serão feitos pelo relator da Comissão Mista de Orçamento, deputado José Pimentel (PT-CE).
Jucá conversou hoje com o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), que concorda com esse corte de emendas de bancadas e comissões, desde que seja linear. "Se o corte não for linear, será estabelecido o toma-lá-dá-cá e mantida a caixa-preta do Orçamento. Estará institucionalizado o mercado negro das emendas", afirmou Guerra. Romero Jucá lembrou ainda que os cortes propostos serão feitos em cima de um projeto de Orçamento que, na verdade, é uma "peça de ficção". "Mas é o que vai balizar a realidade, além de ser um instrumento de análise fiscal".