Brasília – O relator do Orçamento Geral da União, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que até amanhã poderá apresentar todos os números sobre os quais ainda há dúvidas, como as fontes de receita que poderão cobrir os R$ 14 bilhões que estão em aberto para pagamento, entre outras coisas, do novo salário mínimo, do reajuste na tabela do Imposto de Renda e de um possível aumento no número previsto de R$ 6,5 bilhões para compensar os estados exportadores pelas isenções do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estabelecidas pela Lei Kandir. "Já tenho os números, mas é preciso alguns ajustes, e até quinta-feira poderei apresentá-los", disse Jucá.
O senador confirmou que os 10 relatórios setoriais também deverão ser votados. A partir daí ele passará o Natal e o final de semana fechando o relatório definitivo. "Nos dias 27 e 28, poderemos debater e votar o relatório final na Comissão Mista de Orçamento e depois no plenário, e espero que possamos encerrar o trabalho, com a aprovação do Orçamento, no dia 29", afirmou Jucá. Ele garantiu que será um orçamento realista, equilibrado e que vai permitir a retomada de investimentos. Sobre as possíveis pressões das centrais sindicais pela correção na tabela do Imposto de Renda também para os descontos, o senador advertiu que quanto mais se reduzir o Imposto de Renda, a arrecadação do governo, maior será a perda dos estados e municípios, porque o IR é a base dos fundos constitucionais. Jucá também considerou justo o pleito dos governadores de estados exportadores, que querem aumentar o fundo de exportações para R$ 9,1 bilhões. "É um pleito justo, mas é difícil que consigamos chegar a esse número", encerrou.