O jovem Bruno Vicente de Gouveia e Viana, 19, foi morto com um tiro na cabeça disparado por policiais militares em Santos (a 85 km de São Paulo), no início da madrugada de hoje.

continua após a publicidade

A morte do jovem aconteceu durante uma suposta perseguição policial. Na versão dos PMs, Viana e cinco amigos que estavam com ele em um veículo Gol não obedeceram ordem para parar o carro e ainda atiraram contra os policiais. Os PMs também disseram suspeitar que acontecia um sequestro relâmpago.

Uma garota de 15 anos e um rapaz de 20 que também estavam com Viana foram feridos. A garota está internada em estado grave, na UTI de um hospital de Santos. Ao todo, os PMs dispararam 25 tiros contra o veículo.

A perseguição começou na região do Morro Nova Cintra e terminou no Morro São Bento. Ao todo, seis jovens estavam no Gol. Os outros três não foram feridos pelos tiros dados pelos PMs.

continua após a publicidade

Depois de levar os três jovens feridos para um hospital, os PMs envolvidos no caso afirmaram ter encontrado uma arma de brinquedo e um revólver calibre 22, com a numeração raspada, dentro do Gol. A arma estava com três cartuchos deflagrados e quatro, intactos.

Ao serem ouvidos pela Polícia Civil, três jovens que estavam no carro negaram saber da existência da arma dentro do Gol e também que tenham atirado na direção dos policiais.

continua após a publicidade

O motorista do Gol, um homem de 28 anos, disse à Polícia Civil que fugiu dos PMs porque não tinha carteira de habilitação e ficou com medo de ser preso por isso.

Segundo parentes de Viana, ele foi morto quando o Gol já estava parado e todos os jovens rendidos pelos PMs.

Os quatro PMs responsáveis pelos tiros no Gol foram presos e estão agora no Presídio Militar Romão Gomes, no Jardim Tremembé (zona norte de São Paulo).