José Genoino quer refundar o PT

Brasília – A luta interna no PT sobre os rumos do governo vai se acirrar nos próximos cinco meses com a realização de eleições diretas, em setembro, para a escolha do presidente do partido e a renovação das direções nacional, estaduais e municipais. A campanha está apenas no começo, mas os principais candidatos da oposição – Raul Pont, da Democracia Socialista; Valter Pomar, da Articulação de Esquerda; e Maria do Rosário, do Movimento PT – já começaram os ataques à política econômica e à política de alianças reafirmadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Integrantes do governo tentam evitar que o acirramento dos ânimos transborde para votações de interesse do Planalto no Congresso e que temas polêmicos, como a autonomia do Banco Central e a reforma trabalhista fortaleçam o discurso da esquerda partidária direcionado aos 840 mil filiados ao PT  aptos a votar em 18 de setembro. O candidato da situação, José Genoino, defende o governo. Mas o seu anteprojeto é ambicioso e propõe a fundação de um novo PT: social-democrata, defensor da economia de mercado e da democracia representativa, que não aposta na ruptura institucional para mudar o país. 

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