Jesse James, o brigão de Saquarema

Rio – O criminoso americano Jesse James Hollywood – preso na Região dos Lagos, quarta-feira passada e já deportado ao seu país – era conhecido em Saquarema por se embriagar e partir para a briga. Um dos criminosos mais jovens a entrar para a lista de mais procurados pelo FBI, James, de 25 anos, era caçado desde agosto de 2000, por tráfico de drogas e pelo seqüestro e assassinato de um jovem de 15 anos na Califórnia. O seu crime já virou filme (está em fase de pós-produção), com Justin Timberlake e Bruce Willis. Na Praia de Itaúna, onde morava, Jesse James era tido como um homem que se descontrolava sempre que bebia cerveja nos bares da praia, o que acontecia quase todos os dias. Uma funcionária da Pousada Terral, que fica perto de onde Jesse James morava, foi testemunha da agressividade do criminoso: ?Ele discutiu com um turista de Brasília no meu bar. Depois de xingá-lo várias vezes, partiu para as vias de fato. Tivemos que chamar a polícia. Ele só não foi fichado porque a vítima deixou para lá?. O pescador Rui de Abreu viu o americano em ação: ?Ele usava boné e falava pouco. Mas, quando abria a boca depois do álcool, era explosivo. O garoto era anormal. Presenciei a briga dele com um vendedor de mexilhões. Parecia um psicopata?. A rápida deportação do americano Jesse James Hollywood fugiu ao padrão das prisões feitas no País de criminosos procurados internacionalmente. Na maioria dos casos, informou um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), tem que ser aberto um processo de extradição e o preso permanece no Brasil até que a Corte julgue o caso e autorize a saída do País. O ministro, que pediu para não ter seu nome revelado, admitiu, no entanto, que, se o criminoso tiver entrado no País de forma irregular e cometido ilegalidades durante sua estadia, existe a possibilidade de o governo deportar a pessoa diretamente, sem necessidade de instauração de processo no STF, porque ele entrou no País de forma ilegal e usava documento falsos. Para o delegado federal Vanderley Martins, chefe do escritório da Interpol no Rio, que comandou a prisão do americano, a deportação seguiu o procedimento normal: ?Na verdade, nós temos até 60 dias para executar uma deportação. No caso de Jesse James, isso foi facilitado pela situação irregular. O americano entrou ilegalmente no Brasil?. Vanderley afirmou que Jesse estava sem passaporte, usando apenas um documento falso de identidade.

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