O governador de Rondônia, Ivo Cassol, disse que está tentando convencer o senador Expedito Junior (PR-RO) a reverter a posição dele, contrária à prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
?Estou trabalhando junto com a nossa base no estado e também tentando convencê-lo, para que ele contribua e ajude na [aprovação da prorrogação] CPMF. Por mais que eu tenha amizade com ele, a decisão é dele. Não tenho o direito de exigir, mas como parceiro tenho a missão de simplesmente tentar convencê-lo?.
Quanto aos outros demais senadores do estado, Cassol disse que, embora tenha amizade e acesso a eles, não se sente à vontade para tentar o convencimento. Para ele a prorrogação do imposto do cheque será aprovada, mas os recursos deveriam ir integralmente para a saúde.
Cassol fez as declarações ao sair do Ministério da Fazenda, onde foi discutir com Mantega a dívida do Banco do Estado de Rondônia (Beron). Segundo ele, seu objetivo não foi pedir anistia, mas uma revisão da dívida. O governador não revelou de quanto é a dívida.
Segundo o governador, o estado já pagou mais de R$ 800 milhões em oito anos, para uma dívida que era de R$ 43 milhões, na época da intervenção pelo Banco Central . Para Cassol, ?os dirigentes do Banco Central e os interventores deveriam estar todos na cadeia?, porque cometeram uma série de irregularidades e o povo de Rondônia ficou a dívida..
Cassol revelou que, antes da intervenção, a dívida do Beron era de R$ 43 milhões e, depois que os interventores deixaram o banco esse débito passava de R$ 500 milhões. Ele acrescentou que o banco deveria ser fechado em 1996 e isso só aconteceu em 1999.