IUCN aponta 16 mil espécies ameaçadas de extinção

Os gorilas têm uma vida emocional rica e compartilham fortes laços familiares. Eles riem quando sentem cócegas, choram quando em luto. Podem construir e usar ferramentas. Pensam sobre o passado e planejam o futuro. Mas muitos podem não chegar a conhecê-los. O gorila ocidental das planícies, o mais comum, está criticamente ameaçado de extinção.

Essa é apenas uma das más notícias que aparecem na nova versão da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, organizada anualmente pela União Mundial para a Natureza (IUCN). Ela conta 16.306 espécies em risco – 188 a mais do que no ano passado. Um em cada quatro mamíferos está ameaçado, assim como uma em cada oito aves um terço de todos os anfíbios e 70% das plantas já catalogadas.

A lista inteira contém mais de 41 mil espécies e subespécies de todo o globo, em diferentes estados de conservação. Ela é resultado do monitoramento feito por milhares de especialistas de diferentes países.

Uma planta foi inserida entre os extintos, a Begonia eiromischa, natural da Malásia e vista pela última vez em 1898. Com ela, a IUCN indica que 785 espécies desapareceram nos últimos 500 anos, como a brasileira ararinha-azul (Cyanopsitta spixii). Outras 65 resistem apenas em cativeiro, como zoológicos.

Mais espécies que ocorrem no Brasil foram incluídas na nova lista sob os estados de ameaçadas e criticamente ameaçadas. É o caso da coruja caburé-de-Pernambuco (Glaucidium mooreorum) e da raia-viola (Rhinobatos horkelii). Outras, como o peixe-boi amazônico (Trichechus inunguis) e o marinho (Trichechus manatus) entram como vulneráveis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Voltar ao topo