Irmão de Celso Daniel rebate críticas de petista

Irmão do prefeito assassinado de Santo André Celso Daniel, Bruno Daniel reagiu às declarações do chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, para quem o asilo político dele e de sua família é fruto de uma ?opção pessoal?. Vivendo na França desde 2006, sob alegação de que foi ameaçado por insistir em investigar a morte do irmão, em 2002, Bruno disse que montou um dossiê com evidências de perseguições, que foi apresentado ao governo francês e justificou a concessão de refúgio.

?Dizer que é opção pessoal é uma brincadeira de mau gosto?, reagiu Bruno, lembrando que ele e sua família permaneceram sob proteção policial, oferecida pelo governo paulista, entre outubro de 2005 e fevereiro de 2006. Ele declarou ainda que Carvalho mostrou sua ?face? e sua intenção de fazer ataques pessoais à família do prefeito assassinado. ?Ele não discute o caso do Celso ou aquilo em que ele poderia ter contribuído. E procura nos atacar do ponto de vista pessoal?, acusou.

A declaração de Carvalho também irritou amigos de Bruno e de sua mulher, Marilena Nakano. ?Essa história de dizer que eles foram porque quiseram é mentira. Ninguém foi para lá para passear?, disse o ex-vereador pelo PT Ricardo Alvarez, hoje no PSOL. O advogado Hélio Bicudo queixou-se da afirmação de que o casal é bem-vindo de volta ao Brasil. ?Temos de criar as condições para isso?, ressalvou o jurista, que atribuiu as palavras de Carvalho ao posicionamento de Lula no episódio. ?Ele está apenas transmitindo aquilo que o presidente da República talvez não quisesse fazer pessoalmente?, comentou.

Voltar ao topo