Investigação da CPI do Banestado acaba dia 14

Brasília (AE) – A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso só terá prazo até 14 de dezembro para concluir a investigação sobre a evasão de divisas estimada em US$ 30 bilhões através do antigo Banco do Estado do Paraná (Banestado). O prazo, definido pelo presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), provocou protestos entre parlamentares. O deputado Edmar Moreira (PL-MG), avisou que não assinará o relatório final. "Não quero amanhã ser acusado de omisso. Não há tempo para concluir os trabalhos", protestou.

A CPI do Banestado ficou cerca de seis meses sem realizar sessões plenárias. As divergências entre seu presidente, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), e o relator, deputado José Mentor (PT-SP), emperraram os trabalhos. Os interesses dos dois parlamentares que dirigem a comissão impediram, também, o aprofundamento das investigações. Mentor tinha sugerido prorrogar o prazo de funcionamento da CPI. Antero foi contra. O relator petista pretendia reconvocar o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco, que serviu ao governo do PSDB, mas foi impedido pelo tucano Antero.

Reação

O presidente da CPI reagiu e pediu o depoimento do empresário Antônio Celso Cipriani, ex-presidente da Transbrasil, e do advogado da companhia, Roberto Teixeira. Cipriani ajudou a financiar e apoiou a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, e Teixeira é amigo pessoal do presidente. O relator petista foi contra, alegando que não havia irregularidades claras a investigar.

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