Infraero defende passagem mais cara em horário de pico

O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, defendeu nesta quarta-feira (27) a cobrança de tarifas maiores pelas companhias aéreas para as passagens em vôos nos horários de pico – das 7 h às 10 horas e das 18h às 22 horas. Essa seria uma das alternativas para desafogar os principais aeroportos do País, principalmente Congonhas, nos chamados horários de pico. Outra alternativa é alargar o horário de concentração dos vôos.

"Sempre é possível o mercado regular as coisas. Mas o Estado pode induzir o mercado", resumiu Pereira, depois de participar de reunião reservada da CPI do Apagão Aéreo do Senado sobre autorização de linhas aéreas acima da capacidade do Sistema de Controle Aéreo e dos aeroportos. Antes do início da reunião da comissão, o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, observou que as companhias aéreas têm nesta hoje liberdade tarifária.

Segundo o relator da CPI do Apagão Aéreo do Senado, Demóstenes Torres (DEM), ficou acertado que até o final de julho haverá um plano de redistribuição dos horários de vôos para acabar com o congestionamento nos horários de pico, especialmente nos aeroportos de São Paulo e Brasília. "Há várias empresas com vôos nos mesmos horários, assim não há controladores nem pistas suficientes. Há uma limitação até de tempo" disse Demóstenes, ao fim da reunião secreta da comissão.

O presidente da Infraero garantiu ainda que a pista principal do Aeroporto de Congonhas está totalmente concluída e será inaugurada na sexta-feira, às 12 horas. Contou que na semana que vem deverão começar a serem feitas as ranhuras (que facilitam o escoamento de água) na pista. "A pista ficou pronta dois dias antes do prazo", observou o brigadeiro Pereira.

O presidente da Anac afirmou que o Aeroporto de Congonhas não vai reduzir de 48 para 44 o número de pousos e decolagens por hora, conforme havia sido proposto para diminuir o tráfego aéreo. "Não tem modificação", garantiu Zuanazzi. Segundo ele, essa proposta não foi discutida nem com a companhias aéreas nem com o Departamento de Controle de Tráfego Aéreo (Decea).

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