Índios fazem feira em Brasília

Brasília – “O lixo de alguns pode ser a riqueza de outros”. Essa frase dita por um menino de 13 anos, Telson Ramos, do Maranhão, consegue sintetizar o sentido da Feira de Produtos e Negócios Sustentáveis, que está sendo realizada na Conferência Nacional do Meio Ambiente, em Brasília. O aproveitamento de recursos alternativos, como sucata, papelão, capim e sementes para produção de esculturas, colares, cestas artesanais, entre outros objetos, é o ponto alto da exposição que trouxe Telson e outros três colegas de São Luiz (MA) para participarem da exposição. Cento e cinqüenta expositores participam da mostra, entre eles, índios das etnias pataxó, gavião, ebaré, furiô e guajajara, povos de Pernambuco, Bahia, Amazonas e Pará. Dez índios pataxós vieram preparados para dançar o “parexó”, celebração feita em ocasiões especiais, mas a dança não foi possível. Segundo a índia Airy – nome que em tupi significa palmeira -, a falta de organização da conferência acabou prejudicando o grupo. “Por isso não vamos mais dançar”, disse. A queixa perde espaço para a satisfação quando Airy fala da aceitação dos produtos expostos. O grupo trouxe gamelas, colares, brincos e cerâmica marajoara.

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