São Paulo
(Das agências) – Pesquisa divulgada ontem pelo Ibope confirma o candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PPS) isolado em segundo lugar, com 26% de intenção de voto. Ele está 13 pontos na frente de José Serra (PSDB), que aparece com 13%. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a liderança e aparece com 33%. Anthony Garotinho (PSB), que tem 11%, está empatado tecnicamente com Serra, em terceiro lugar. A pesquisa tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O Ibope ouviu 2.000 pessoas, em 143 municípios.O detalhe mais signiticativo desta pesquisa, feita entre os dias 21 a 23 de julho, é que na simulação de um virtual segundo turno entre Lula e Ciro, o candidato do PPS venceria por sete pontos. O petista teria 40% e Ciro, 47%. Na disputa entre Lula e Serra, o candidato do PT teria 48% e o tucano, 36%. Em um confronto entre Garotinho e Lula no segundo turno, o petista sairia vencedor com 15 pontos na frente. O petista teria 49%, contra 34% de Garotinho.
Em relação à pesquisa anterior do Ibope, realizada entre 12 e 17 de julho, Ciro foi o único candidato a apresentar crescimento, de quatro pontos percentuais: saltou de 22% para os atuais 26%. Serra oscilou negativamente 2 pontos – tinha 15% na pesquisa anterior e agora aparece com 13%. Lula manteve o mesmo índice do levantamento anterior, 33%. Garotinho oscilou um ponto para cima, de 10% para 11%. Desde a pesquisa Ibope feita entre os dias 12 e 16 de junho, Ciro subiu 15 pontos percentuais, passando de 11% para 26%. No mesmo período, Lula, Serra e Garotinho registraram queda em seus índices. Lula foi de 38% para 33%, Serra caiu de 19% para 13%, e Garotinho perdeu 2 pontos -de 13% para 11%.
Abalado pelo fraco desempenho nas pesquisas, o candidato Anthony Garotinho (PSB) quase desistiu da campanha. Ontem, no entanto, ele decidiu continuar na disputa eleitoral e apostar todas as suas fichas no eleitorado evangélico, o que mais o aceita. A direção nacional do PSB decidiu ontem manter a candidatura de Anthony Garotinho à Presidência da República, além de dar-lhe uma forte conotação evangélica. No Rio Grande do Sul, Lula fez críticas ao presidente Fernando Henrique e disse que a equipe econômica do governo deveria conhecer como funciona uma fábrica.