O fórum de governadores eleitos debateu nesta quarta-feira, 12, a segurança pública com foco nos sistemas penitenciário e judiciário em todas as esferas. O encontro teve a participação do futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli.

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O governador eleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou que é preciso abrir um espaço de diálogo e que “não adianta vir com fórmulas prontas para segurança sem ouvir”. Ibaneis disse que os governadores presentes apresentaram demandas sobre segurança a Sérgio Moro e que algumas delas foram acatadas.

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Ibaneis disse ainda que o Executivo não aprova nenhuma pauta sem o apoio dos governadores e das respectivas bancadas. Como exemplo, ele citou a reforma da Previdência, que, segundo ele, não foi aprovada porque não houve discussão prévia. Ele também defende esse diálogo para as propostas na área de segurança.

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Os governadores debateram seis pontos considerados fundamentais para a segurança pública brasileira. O primeiro deles é o repasse automático do fundo penitenciário nacional aos Estados. “O repasse automático viabilizaria investimentos no sistema penitenciário”, disse o governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). “A ideia é ter modelo de presídio para que Estados partam de projeto pré-aprovado”, completou.

A segunda questão defendida pelos governadores é o isolamento de presidiários de facções, sugestão que, segundo Witzel, tem o apoio de Moro. Os governadores querem também solução para presos provisórios.

Outra proposição é o enrijecimento de políticas para enfrentar corrupção e crimes violentos. “A ideia seria ter novos convênios entre polícias civil e federal para combater lavagem”, explicou o futuro governador do Rio de Janeiro.

Os governadores ainda defendem incrementar trabalhos de inteligência; o incentivo à implementação de banco nacional de impressões digitais, que segundo o governador de São Paulo eleito, João Dória, “facilita o trabalho da policia cientifica”; e a promoção de ações e políticas sociais com iniciativa entre o governo federal e estaduais.

Novas reuniões do fórum de governadores eleitos estão previstas para acontecer em fevereiro, com pauta econômica, em março (saúde), em abril (infraestrutura) e pelo menos até maio (educação).