O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta terça-feira (11) que “é possível” que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emita na quarta a licença provisória para o início das obras de construção da usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia.

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Lobão disse que não pode garantir que será aprovada a solicitação do consórcio Energia Sustentável do Brasil (Enersus), vencedor do leilão da usina de Jirau, que quer autorização para fazer as obras em outro local, situado a nove quilômetros do ponto previsto no edital de licitação do projeto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

“Quanto ao local, não poderia dizer, porque isso é uma questão da Aneel, que já se manifestou (favoravelmente), e do Ibama”, disse o ministro ao chegar ao Tribunal de Contas da União (TCU) para a abertura do seminário “A Nova Matriz Energética Brasileira”. Em declaração à Agência Estado, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou recentemente que a mudança do local será aprovada pelo Ibama.

Lobão admitiu que os prazos para o início das obras de Jirau “estão se encurtando a cada dia” em razão da chegada iminente do período das chuvas na Região Norte. “Mas há o compromisso do consórcio vencedor de trabalhar 24 horas por dia, ou seja, em três turnos diários, exatamente para aproveitar a janela hidrológica”, disse o ministro, referindo-se ao curto espaço de tempo que ainda resta antes do início do período chuvoso. Ele explicou que, na obra, poderão ser utilizados equipamentos especiais à noite, como geradores, para que os operários possam trabalhar em segurança.

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PAC

O ministro de Minas e Energia reiterou que não haverá nenhum corte e nenhum atraso nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Estou falando em algo em torno de meio trilhão de reais, portanto, é muito dinheiro que será injetado na economia sem nenhum atraso”, disse Lobão, ao chegar para a abertura do seminário “A Nova Matriz Energética Brasileira”, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

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Questionado sobre um possível adiamento em 47 projetos de implantação de novas usinas de álcool, Lobão disse que, diante da crise financeira internacional, é natural que investidores tomem precauções e queiram se assegurar de informações mais concretas sobre o futuro da economia.