Horário eleitoral começa sem agressões

O horário eleitoral gratuito na televisão começou ontem às 13 horas num tom ameno, sem acusações ou críticas mais contundentes por parte dos candidatos. Durante 20 minutos foram exibidos os filmes publicitários de Heloísa Helena (PSOL), José Maria Eymael (PSDC), Geraldo Alckmin (PSDB), Rui Costa Pimenta (PCO), Cristovam Buarque (PDT), Luciano Bivar (PSL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de acordo com a ordem sorteada pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Tanto Lula quanto Alckmin, os dois candidatos melhor posicionados nas pesquisas eleitorais, dedicaram seus programas para apresentar suas biografias e apontar os pontos principais de seus projetos de governo, ressaltando o crescimento e desenvolvimento como suas principais tarefas.

O candidato tucano, com o slogan ?Geraldo presidente?, apresentou-se como ?administrador competente? que tem ?visão de futuro?. Alckmin ressaltou seu papel de governador de estado, e prometeu fazer pelo País o que ?já fez pelos brasileiros de São Paulo?, indicando sua estratégia de tentar nacionalizar os resultados de sua administração no estado.

Alckmin defendeu um projeto nacional de desenvolvimento que abrange obras de infra-estrutura e geração de empregos. Ele ainda citou os escândalos de corrupção e afirmou que, se eleito, irá ?continuar e melhorar as coisas que já estão andando, como o Bolsa Família, que tem que ser mantido, ampliado e melhorado?.

Já o programa de Lula mostrou que ele deverá manter o tom emotivo já verificado na campanha anterior. Os três apresentadores – um índio, uma mulher negra e um homem branco – ressaltaram as realizações da administração do petista, como obras de infra-estrutura, projetos sociais e o desempenho na área econômica, além da diminuição da desigualdade social e ascensão social. O programa resumiu a história de Lula, fazendo um paralelo entre sua origem humilde e seus feitos na Presidência.

Lula foi apresentado como, ?além de presidente do povo, presidente do futuro, porque já fez e pode fazer muito mais?. O candidato ressaltou que ?em termos quantitativos, alguns países cresceram mais do que a gente, porém nenhum cresceu com esta qualidade. Agora, poderemos ampliar as reformas, e crescer com mais intensidade, sem risco de inflação?. Para Lula, seu governo provou que é possível crescer e ao mesmo tempo distribuir renda.

O presidente defendeu ainda a promoção de uma reforma política. ?A crise ética que se abateu sobre o País é a crise de todo o sistema político, e não apenas de alguns partidos ou de determinadas pessoas. Os que cometeram erros precisam ser punidos, mas só uma reforma política poderá evitar que certos problemas se repitam?, ressaltou, em referência às denúncias de corrupção que ocorreram durante seu governo.

No programa de Heloísa Helena, ?candidata a presidenta do Brasil?, foi ressaltado sua origem humilde e seu papel de mulher e mãe. Ela repetiu o discurso utilizado no programa eleitoral no rádio, e atacou o ?político corrupto, que engana os pobres e governa para os banqueiros. Que finge que não vê roubalheira, mensalão e sanguessugas, mas cinicamente vive em conluio com eles?.

Cristovam Buarque reiterou seu projeto de ?revolução pela educação?. O programa rendeu homenagem ao ex-governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, e ainda apresentou seu trabalho como governador do Distrito Federal.

José Maria Eymael defendeu a ?nova era de transformação? e sua ?obsessão pelo desenvolvimento?. Rui Pimenta apresentou seu projeto de defesa do trabalhador e ?luta pelo socialismo?, enquanto Luciano Bivar aproveitou seu programa para criticar o jornal Folha de S. Paulo e a imprensa escrita, no geral.

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