Homem troca de lugar com irmão e foge de presídio pela frente

Um homem fugiu pela porta da frente do presídio estadual de segurança máxima em Campo Grande (MS), ontem. A fuga aconteceu porque o irmão do detento, que foi visitá-lo, trocou de lugar com ele e ficou preso em seu lugar.

De acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Weriton Velane Cuenca, 32, foi ao Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho no início da tarde de domingo visitar o irmão Marco Antônio Cuenca, 39, que ainda não foi recapturado.

Marco Antônio estava preso desde 12 de março. Segundo o Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros), ele é suspeito de participar do roubo a uma agência do Banco do Brasil em Ribas do Rio Pardo (103 km de Campo Grande), no fim de janeiro.

De acordo com a Polícia Civil, a troca dos irmãos foi descoberta porque não havia registro da saída de Weriton depois do horário de visitas.

Segundo o delegado Márcio Obara, os irmãos não eram fisicamente parecidos e, pelo que foi registrado no boletim de ocorrência, apesar de se tratar de um presídio de segurança máxima, visitante e preso conseguiram trocar suas roupas.

A Secretaria Estadual de Justiça não informou como os irmãos puderam ter contato físico no interior do presídio de segurança máxima.

Em nota, a Agepen informou que Weriton foi preso em flagrante e indiciado por “fuga de pessoa presa”. A pena prevista é de três meses a um ano de detenção.

Também foi indiciado Reginaldo Acedo que, segundo a agência, dirigiu para Marco Antônio após a fuga.

Eles ficarão detidos até a conclusão do inquérito e, depois, devem ser encaminhados a uma unidade prisional, segundo a Polícia Civil.

O Garras está procurando o fugitivo. A Agepen abriu procedimento administrativo e a polícia, inquérito criminal para apurar se houve facilitação da fuga.

Para o delegado, a presença de Weriton deveria chamar a atenção porque, de acordo com ele, “a proporção de homens adultos que visita [presos] é muito pequena”. Visitantes mais frequentes, diz, são as mulheres dos presos.

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