A polícia prendeu na noite da última sexta-feira um suspeito de ter participado do assassinato do policial militar Joaquim Cabral de Carvalho no dia 23 de junho. Ele foi um dos seis policiais mortos em apenas dez dias na Grande São Paulo.

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Kleber Cesario Garcia tinha a prisão temporária decretada pela Justiça e foi detido com drogas, munição de fuzil e carregava um documento falso no momento em que foi abordado pelos policiais, na avenida Souza Ramos, em Cidade Tiradentes (zona leste). Segundo a polícia, ele tem passagem por roubo e é apontado como um dos líderes do tráfico na região.

Na manhã de hoje, ele foi reconhecido por testemunhas no DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), que investiga o crime, e foi transferido a um Centro de Detenção Provisória.

A reportagem não conseguiu localizar o advogado do suspeito.

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Assassinato

O cabo Carvalho estava fora do horário de serviço e com roupas civis quando foi abordado por criminosos em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo.

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De acordo com a polícia, o crime aconteceu na rua Godofredo Osório Novaes, por volta das 6h10. Carvalho trabalhava na corporação havia cerca de 28 anos. Ele era casado e tinha quatro filhos.

O cabo foi o sexto policial morto fora do expediente entre os dias 13 e 23 de junho, mês que teve o maior número de homicídios em dois anos. A onda de violência continuou e vitimou ao menos mais três policiais, o último deles no início da manhã de ontem.

Existe a suspeita de que as mortes sejam retaliação da facção criminosa PCC contra uma operação da Rota (tropa de elite da PM) que matou seis homens no fim de maio, na zona leste de São Paulo.

O governo do Estado nega e diz que os ataques, que também atingiram bases da PM e ônibus coletivos, são resposta de criminosos pelo aperto da polícia contra o tráfico de drogas.