Helicóptero cai em galpão e deixa 2 mortos em SP

Um helicóptero caiu na manhã de hoje na região da Água Branca, na zona oeste de São Paulo. Segundo os bombeiros, duas pessoas estavam na aeronave e morreram em decorrência do acidente.

Segundo informações iniciais, os ocupantes haviam decolado do aeroporto Campo de Marte, na zona norte, e faziam um voo de instrução. As vítimas são o instrutor Denis Thomazi, 32, e o aluno Maílson Rocha, 24.

Segundo a assessoria da PM, o helicóptero caiu por volta das 10h20 em um galpão localizado na rua Guaicurus, perto da rua Carijós. Catorze carros dos bombeiros foram deslocados para o local, além de carros do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e um helicóptero Águia, da PM. A Defesa Civil também está no local.

Segundo o comandante do 4º Grupamento do Corpo de Bombeiros, coronel José Luiz Borges, a aeronave modelo Robinson 22 se partiu na queda -a cauda ficou no telhado e a cabine caiu dentro do galpão. As vítimas foram encontradas com parada cardiorrespiratória, foi iniciado procedimento de reanimação, mas eles morreram ainda no local.

O galpão pertence a uma empresa de logística, que armazenava bobinas de aço. No momento do acidente havia cerca de 20 funcionários trabalhando do lado de fora do galpão.

O coordenador da Defesa Civil municipal, Jair Paca de Lima, esteve no local e afirmou que a queda afetou apenas o teto do galpão e que não houve danos na estrutura. Ele afirmou ainda que, aparentemente, o piloto tentou fazer um pouso de emergência.

Informações preliminares apontam que os dois tripulantes eram habilitados como pilotos e o voo de instrução acontecia porque um deles pretendia mudar de categoria.

O local do acidente fica próximo da estação Água Branca da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), mas não houve interrupção na circulação dos trens. O helicóptero pertence à escola Go Air, que ainda não se manifestou sobre o acidente. Ele será investigado pela Aeronáutica. Equipes da perícia da Polícia Civil e da Aeronáutica já estavam no local por volta das 12h20.

Barulho

O polidor Rodrigo Fernando de Brito, que trabalha em frente ao galpão, disse que escutou um barulho forte no momento do acidente. “Achei que fosse um caminhão batendo num poste”, disse.

Ele contou que, ao perceber a queda, saiu correndo e entrou no galpão. Encontrou a cabine do helicóptero muito amassada, com as duas vítimas ainda sentadas, presas a ferragens. Em seguida, chegou o resgate.

Edjany Santos, vizinha do galpão, também ficou assustada. “Eu estava na cozinha quando escutei um barulho forte. Parecia um carro em alta velocidade. Depois veio um estrondo que estremeceu toda a casa. Quando soube que era um helicóptero, comecei a tremer. Podia ter caído aqui.”

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