O verdadeiro protesto
Cerca de 50 mil manifestantes protestaram pela sexta vez em São Paulo na noite de terça-feira. Milhares de pessoas começaram a se reunir na Praça da Sé por volta das 17h. Um grupo seguiu pacificamente até a Avenida Paulista. Mas um grupo menor de pessoas se concentrou em frente à Prefeitura de São Paulo.
Os vândalos
O grupo menor derrubou as grades de proteção e entrou em uma área restrita da Prefeitura. Policiais da Guarda Civil Metropolitana (GCM) tentaram conter os manifestantes e acabaram entrando dentro de um edifício e fecharam as portas para se refugiar. Algumas pessoas ainda continuaram a atacar as portas usando as próprias grades e quebraram vidros. Parte dos jovens tentou conter a agressão. “Sem violência”, gritaram, enquanto faziam um cordão de isolamento para bloquear a passagem dos mais exaltados. A GCM jogou gás de pimenta de cima do prédio.
O grupo de vândalos tentou virar um carro de reportagem da TV Record e, sem sucesso, colocou fogo no veículo. Uma guarita também foi incendiada. Dois guardas ficaram feridos. Um dos guardas foi atendido no posto médico da Prefeitura e levou nove pontos na cabeça. O outro teve uma contusão no rosto. A fachada do Theatro Municipal, restaurado recentemente, também foi pichada.
Lojas da região central de São Paulo também foram saqueadas. A Tropa de Choque da PM foi acionada por volta das 22h30. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, 47 pessoas foram presas por causa de saques a lojas. A força policial se esforçou em distinguir grupos radicais da maioria de manifestantes pacíficos.
Na Avenida Paulista, o grande grupo de manifestantes realizou um protesto pacífico e se dispersou no final da noite.