Grampo da Polícia Federal leva a outro irmão de Lula

Domingo, 20 de maio, 20h02. Toca o telefone em São Bernardo do Campo. Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atende. Segue-se uma conversa de 3 minutos e 31 segundos. O telefonema partiu da casa de José Ferreira da Silva, o Frei Chico, também irmão de Lula. Para a Polícia Federal, ele teria procurado Vavá para mandar um recado do presidente, que estaria disposto a passar uma reprimenda por suas investidas em órgãos do governo.

No relatório que enviou à Justiça sobre a Operação Xeque-Mate, a PF afirma que o interlocutor de Vavá seria um ?Roberto?. O grampo mostra que os dois se tratam por esse nome. Eles conversam e Vavá diz que vai para Brasília. O interlocutor responde que queria falar com ele sobre ?isso mesmo?. ?Não vai sem falar comigo não, porque tem umas broncas da po…

Antes de terminar, Vavá cita de novo a ida a Brasília e diz que vai falar com o presidente. O interlocutor explica: ?Lula quer que você vá lá um dia para conversar à noite. Ele quer que eu vá com você. Quer conversar na casa dele, tranqüilo. Eu quero saber porque tem umas broncas, que você anda apresentando uma pessoa no ministério. Depois eu falo.?

Vavá mostra-se surpreso: ?Eu?? O interlocutor interrompe: ?Vavá, depois nóis (sic) conversa.

A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo tentou entrar em contato com Frei Chico ontem, mas ele não retornou as ligações. Os advogados de Vavá também não foram localizados.

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