O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), afirmou nesta segunda-feira (10) que a proposta de emenda constitucional que prorroga a vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação (CPMF) será votada "impreterivelmente" amanhã. "Não vejo razão para se adiar a votação", declarou o senador petista, acrescentando que o governo "já tem os 49 votos" necessários para aprovar a emenda.
Após afirmar que o governo já conta com os 49 votos necessários para aprovar a emenda da CPMF, o presidente interino do Senado não quis entrar em detalhes sobre as negociações que levaram a esse total e se recusou a mencionar nomes de senadores, principalmente da base aliada, que vinham resistindo a apoiar a emenda e teriam agora cedido às pressões do Palácio do Planalto.
De acordo com Tião Viana, nem o acidente sofrido pela líder do governo no Congresso, senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) – que sofreu uma queda, quebrou o braço e foi submetida a uma cirurgia de emergência em Brasília – será motivo para o Senado adiar a votação da CPMF. "Qualquer coisa, ela (Roseana) pode ser substituída por seu suplente ou, então, ir até o Senado só para votar", disse.
Viana acrescentou que, se depender dele, a emenda da CPMF será votada "impreterivelmente" amanhã. "Se a base (governista) quiser adiar, vai ter de obstruir (a votação): é só não colocar 41 senadores no plenário. Mas não sairá de mim esse adiamento, até porque quem não conseguir votos até amanhã mostra sua fragilidade e seus limites", afirmou o senador governista. As declarações de Viana foram feitas na sede do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília, onde defendeu, em debate, a realização da reforma política.


