A produção de petróleo deverá superar, no próximo ano, a capacidade de refino instalada nas 11 refinarias existentes no País. No gás, os problemas vão desde a falta de uma legislação específica até a inexistência de um mercado secundário.

A partir desses diagnósticos, o Ministério das Minas e Energia deverá constituir na próxima semana dois grupos de trabalho independentes para verificar a necessidade de se adotar formas de estímulo para a ampliação da capacidade de refino e estudar medidas para incentivar o setor de gás natural.

O ministro das Minas e Energia, Francisco Gomide, disse hoje (20) que a capacidade de refino ?preocupa o governo?, mas ele espera que o crescimento do consumo nacional de derivados possa ser suprido por um correspondente incremento das importações.

Segundo Gomide, já foram importados 47 mil metros cúbicos de gasolina (1,56% das necessidade de mercado) e 85 mil metros cúbicos de óleo diesel (0,84%). Existem ainda autorizações para importação de mais 122 mil metros cúbicos de gasolina e para 111 mil metros cúbicos de diesel.

O secretário de Óleo e Gás do Ministério, Marco Antônio Almeida, acrescentou que o governo está considerando na sua análise a existência de uma capacidade ociosa de refino no mundo. Segundo ele, a margem de rentabilidade no refino no Brasil é de US$ 1,9 por barril, enquanto o ideal deveria ser US$ 7.

Almeida acrescentou que as importações, a princípio, poderiam atender bem às necessidades brasileiras, já que se poderia buscar petróleo de países mais próximos e, portanto, com um custo mais baixo. Ele acrescentou, contudo, que à medida que as fontes de petróleo para a importação forem se distanciando, o custo do óleo bruto importado tende a subir.

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