Governo federal espera pedido de SC para mandar apoio

Apesar de reiterar que está aberto a colaborar com Santa Catarina para ajudar a conter a escalada da violência, o governo federal aguarda pedido de ajuda do Estado, que tem sido alvo de ataques a ônibus e a postos policiais desde o início da semana.

“Caso o Estado julgue necessário, o Ministério da Justiça esta à disposição para apoio”, informou, por meio da assessoria de imprensa, a pasta comandada pelo ministro José Eduardo Cardozo. Na manhã de hoje, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) discutiu a necessidade de ajudar o Estado com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, que assumiu interinamente a Presidência da República e permanece no cargo até amanhã.

Tanto a presidente Dilma Rousseff quanto o vice Michel Temer estão fora do país, em viagens oficiais na Espanha e Alemanha, respectivamente. Ideli Salvatti já havia discutido a necessidade de colaborar com Santa Catarina com o Ministério da Justiça.

Na última quarta-feira, o ministro da Justiça disse, durante uma videoconferência com jornalistas, que o governo federal está “aberto a colaborar” com o governo de Santa Catarina no combate à onda de violência que acontece no Estado. Cardozo alegou, na ocasião, que esperava apenas o pedido de ajuda do governo catarinense.

O ministério da Defesa também informa que nenhum pedido de reforço ou apoio foi oficializado pelo governo de Raimundo Colombo. No caso de São Paulo, que também assiste a uma onda de assassinatos e ataques contra policiais, o governo federal decidiu ajudar em conjunto com o Estado no combate à violência depois de uma intensa troca de farpas e acusações.

Há duas semanas, a presidente Dilma Rousseff ligou para o governador Geraldo Alckmin oferecendo apoio. Uma força tarefa foi criada para tentar conter as ações criminosas e asfixiar financeiramente os grupos organizados.

Serão criadas uma agência de inteligência, uma central de monitoramento e uma unidade especial de perícias. Além disso, ficou acertada a transferência de presos para penitenciárias federais, a realização de blitzes conjuntas e a implementação de programa de combate ao crack. O governo paulista rejeitou o apoio das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança.