O governo de São Paulo já cogita a criação de alas separadas nas unidades da Fundação Casa para segregar os infratores que cometerem crimes hediondos. A medida separaria dos mais jovens os que completassem 18 anos. Eles teriam tratamento distinto nesses locais.

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As novas alas poderão receber os adolescentes que cumprirão eventuais internações mais longas. Uma das propostas em debate sobre redução da maioridade penal no Congresso é a do senador José Serra (PSDB-SP), que quer a criação de um “regime especial de atendimento” para autores de atos infracionais envolvidos com crimes hediondos e também para aqueles que tenham participado de rebeliões. A proposta prevê prazo máximo de internação de dez anos. Para adultos, o tratamento mais rigoroso nas penitenciárias é denominado Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) e pode ser determinado mediante ordem judicial.

Tempo

Um dos pontos levantados pelos membros do Ministério Público é de que o tempo de internação de adolescentes – determinado pelo juízo das Varas da Infância e Juventude -, mesmo no caso dos envolvidos em atos graves, não tem sido suficientemente longo para que os jovens voltem ao convívio social sem problemas. Apenas 0,1% cumpriu o prazo máximo de três anos de internação.

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Para a presidente da Fundação Casa, Berenice Gianella, o tempo é o adequado. “Esse período guarda semelhança com o tempo que ficam presos os adultos por delitos similares. A medida de internação deve ser excepcional e pautada pela brevidade”, disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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