Na contramão do encolhimento da população em geral, o número de gestações de gêmeos, trigêmeos e até quadrigêmeos aumentou no País, impulsionado pela popularização do uso de métodos de reprodução assistida.

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Em sete anos, houve um aumento de 17% nesses nascimentos. Os dados são da Pesquisa do Registro Civil 2010, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles mostram que a proporção de brasileiros nascidos de partos múltiplos passou de 1,59% em 2003 para 1,86% do total de partos em 2010. Ou seja, a cada ano, nascem mais de 51 mil múltiplos.

 

Estatisticamente, a chance de uma mulher engravidar naturalmente de dois bebês de uma só vez é de 1 para cada 80 gestações. Mas em Estados com maior acesso a tratamentos de alta complexidade, como Rio de Janeiro e São Paulo, a ocorrência tem sido bem maior que a média. Entre os 599 mil paulistas nascidos no ano passado, 13.215 eram gêmeos – 1 para cada 45. No Rio de Janeiro, onde nasceram 200.257 bebês no mesmo período, a proporção de gêmeos foi de 1 para cada 51.

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De acordo com o médico Renato Fraietta, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o aumento do número de gestações múltiplas está diretamente relacionado ao uso de técnicas de reprodução assistida. “Uma em cada cinco mulheres que engravida por meio de tratamento dá à luz mais de um bebê”, afirma. Isso acontece porque, para aumentar as chances de gravidez, os médicos “turbinam” o organismo da paciente com hormônios para estimular a ovulação ou implantando vários embriões de uma vez. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.