Genro diz que Lula não o quer candidato em 2010

Após enfrentar cotoveladas na Polícia Federal, broncas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, críticas da oposição e cara feia no PT, o ministro da Justiça, Tarso Genro, encerrou a semana como um dos principais personagens da novela em que se transformou a Operação Satiagraha. Para jogar água na fervura produzida pelos que vêem interesses eleitorais em suas ações, ele recolheu as armas políticas e disse estar fora do páreo para a sucessão de Lula, em 2010. Mais: afirmou que o presidente não o quer na disputa.

“Nessa questão da sucessão à Presidência eu estou subordinado ao presidente Lula que, como é óbvio, não me tem como pré-candidato”, disse Tarso. “Estou totalmente fora disso.” Na avaliação do homem que incomodou a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, os rumores sobre seu desejo de ocupar a cadeira de Lula não passam de “tentativa de enfraquecer o trabalho contra a corrupção” no País.

“Se eu tivesse alguma idéia de ser candidato ao Planalto, já teria desistido quando não consegui eleger o deputado José Eduardo Cardozo à presidência do PT”, alegou Tarso, numa referência à eleição do ano passado, na seara petista, quando o deputado Ricardo Berzoini (SP) derrotou Cardozo, hoje secretário-geral do PT. Tarso contou que, numa conversa com Lula para analisar o cenário eleitoral, disse não ter intenção de ocupar seu lugar. “Eu sou candidato a bom ministro da Justiça.”

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