Brasília – A Controladoria Geral da União (CGU) determinou que a Contrutora Gautama, envolvida nas fraudes em obras descobertas pela Operação Navalha, da Polícia Federal, não é idônea para firmar contratos com órgãos da administração pública e não pode mais participar de licitações. A proibição foi publicada nesta segunda-feira (23) no Diário Oficial da União.

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A decisão é resultado de um processo administrativo aberto pela CGU para examinar irregularidades atribuídas à Gautama, segundo informou a assessoria de comunicação do órgão federal.

Após analisar a defesa apresentada pelos advogados da empresa, o ministro-chefe da controladoria, Jorge Hage, entendeu que ?restam caracterizadas práticas de atos ilícitos que, além de terem por objetivo frustrar os princípios que regem as licitações e de evidenciar irregularidades cometidas na execução de contratos, atentam contra a necessária idoneidade da referida empresa para estabelecer relações contratuais com a administração?.

A decisão tem efeito sobre os órgãos da administração pública federal e todos os ministérios receberão um aviso da CGU para garantir que a Gautama não será contratada para obra de nenhuma pasta do governo.

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Além disso, Hage determinou que uma declaração de "inidoneidade" da Gautama seja incluída no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) e no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf), utilizados para execução orçamentária do governo.

Para o ministro-chefe da CGU, além de impedir novos contratos com a Gautama, a medida ?deve contribuir para desencorajar e inibir práticas semelhantes que certamente são adotadas por muitas outras empreiteiras?.

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Em maio, a CGU já havia recomendado que o Ministério da Integração Nacional instaurasse processo administrativo para declarar a Gautama "inidônea".