Garibaldi quer fiscalizar cartões corporativos do governo

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), afirmou nesta terça-quarta (30) que não vai ter nenhuma tolerância em relação às dificuldades encontradas pela Casa para obter os dados sobre os gastos com os cartões de crédito corporativos do governo. Desde 2003, o Senado vem pedindo essas informações, mas o governo alega que por questão de segurança nacional não pode repassar os dados aos senadores. Para Garibaldi, é preciso tomar uma providência, e uma fiscalização para evitar que os gastos continuem elevados. "É preciso haver uma fiscalização competente, de modo a evitar que isso venha trazer maiores dissabores em relação a esses gastos", afirmou.

No entender do senador, não se trata ainda de criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o abuso no uso dos cartões corporativos. Mas ressaltou que tampouco o Congresso Nacional pode abrir mão da sua prerrogativa de investigar um fato irregular, por meio de uma comissão. "Mas acho que o caminho ainda não é da CPI e sim dos meios de fiscalização. É a controladoria (Controladoria Geral da União – CGU) que tem condições de coibir isso", afirmou. Na avaliação de Garibaldi "se a controladoria pariu o monstro (ao investigar os cartões), ela que o controle, porque senão nós, os brasileiros, seremos prejudicados".

Sobre a falta de consideração demonstrada até agora pelo governo em relação à intenção do Congresso de ter acesso aos dados dos cartões, Garibaldi previu que isso não vai mais acontecer. "Vamos dar outra oportunidade (ao governo). Se não for efetivamente aproveitada essa oportunidade, que o Congresso entre com as suas prerrogativas e cumpra com o seu dever", disse o presidente do Senado, referindo-se a mecanismos de que dispõe a Casa para investigar.

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