Garibaldi Alves prevê dificuldade na votação do orçamento

Brasília – O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), admitiu nesta terça-feira (29) que poderá haver ?alguma dificuldade? para a votação do Orçamento Geral da União para 2008, caso haja uma demora maior na definição dos cargos de segundo escalão no Ministério de Minas e Energia, sob o comando de Edison Lobão, senador licenciado do partido.

"Eu acredito que possa dificultar alguma coisa, mas não de uma maneira tão significativa, porque existem os interinos para isso [para ocupar os cargos]. Quanto ao orçamento, esse sim, é que precisa ser logo aprovado. Deve-se chegar a um consenso sobre quais serão realmente esses cortes", disse Alves.

O governou fixou em R$ 20 bilhões o corte no orçamento, para compensar a perda de receita com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), cuja prorrogação foi derrotada pelo Senado em dezembro passado.

Garibaldi Alves Filho negou que esteja participando das negociações para o preenchimento de cargos de segundo escalão no Ministério de Minas e Energia. Ele admitiu, no entanto, que no início compartilhou e chancelou.

"Eu não estou participando na linha de frente, isso está mais confiado aos líderes, eles é que estão participando dessas conversações", afirmou.

O presidente do Senado disse que antecipou seu retorno a Brasília para participar, nesta sexta-feira (1), da abertura dos trabalhos do Judiciário, em solenidade no Supremo Tribunal Federal, e preparar a reabertura das atividades do Legislativo, prevista para a Quarta-feira de Cinzas (6).

Garibaldi Alves Filho anunciou a primeira reunião com os líderes partidários este ano para o dia 12 de fevereiro, uma terça-feira, quando será definida a pauta de votações do primeiro semestre. Embora tenha algumas propostas, como a votação dos mais de 800 vetos presidenciais e mudanças na tramitação de medidas provisórias, ele disse que a pauta de votações será "aquela que nascer da reunião dos líderes".

O presidente do Senado recusou-se a comentar a situação do suplente do ministro Edison Lobão – o empresário Edison Lobão Filho – e disse que, até agora, o suplente não comunicou oficialmente à Mesa Diretora do Senado quando pretende assumir o mandato de senador pelo Maranhão.

Sobre a possível ida de Edison Lobão Filho do DEM para o PMDB, como fez o pai, Garibaldi Alves Filho também não quis comentar, alegando não saber oficialmente dessa decisão.

Com relação às denúncias contra o empresário, o senador limitou-se a dizer que "para isso existe uma Comissão de Ética no Senado, eu não posso fazer pré-julgamentos".

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