Funcionários dos Correios paralisam atividades em pelo menos dez estados

Brasília – Os serviços de entrega em algumas agências dos Correios estão parados em pelo menos dez estados: Amazonas, Bahia, Ceará, Pará, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe.

Na noite de ontem (22), funcionários da empresa aprovaram em assembléia, por unanimidade, o início de uma paralisação de 24 horas, a partir das 11 horas da manhã desta quinta-feira (23). A categoria também realiza manifestações em 20 estados.

Organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicação Postal, Telegráficas e Similares do Estado do Paraná (Sintcom-PR ), a assembléia ocorreu em Curitiba e reuniu cerca de 500 trabalhadores.

De acordo com o secretário-geral do Sintcom, Nelson Rodrigues dos Santos, nos estados em greve, o percentual de funcionários que suspenderam as atividades chega a 90%.

Ele disse que a paralisação fazia parte das atividades do calendário nacional dos funcionários dos Correios. O objetivo do ato, acrescenta, é chamar a atenção da empresa para a falta de efetivo e a sobrecarga dos trabalhadores.

?Além da reivindicação pela sobrecarga, um dos fins dessa paralisação é trazer à tona uma nota de repúdio pelo descaso da direção da empresa, que jogou a nossa pauta de reivindicações no lixo?, disse Santos.

Na pauta de reivindicações está o reajuste de 47,77% e a contratação imediata de concursados. Em contrapartida, os Correios oferecem um aumento de 3,74% nos salários e R$ 0,56 a mais no valor de cada folha do vale-refeição.

Márcia Porte, que integra o comando de negociações da greve, informou que a paralisação desta quinta-feira é apenas um ato de protesto e que um novo movimento já está previsto.

?Os funcionários vão retornar amanhã ao trabalho, mas dia 4 de setembro será decretado o estado de greve. Até dia 12, caso não haja negociação com a empresa, a paralisação total de fato acontecerá por tempo indeterminado?.

Segundo ela, os funcionários do Sedex e do Correio On-Line estão trabalhando em ritmo lento. Ela diz que o objetivo não é prejudicar os cidadãos, mas ter as reivindicações atendidas. ?nós optamos por não pararmos todas as agência para não prejudicar o público?.

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