Freire irrita-se ao ser alijado do comando da campanha

Mentor da candidatura presidencial do ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes (Frente Trabalhista), o presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire (PE), foi alijado do comando da campanha e está irritado. Prova do isolamento de Freire é a recente decisão da cúpula da coligação de manter o presidente nacional do PTB, deputado José Carlos Martinez (PR), no comando da campanha. Essa decisão foi tomada à revelia do presidente nacional do PPS, que também assiste, com indignação, às investidas do PFL, novo parceiro de Ciro, para ?tomar conta? da candidatura.

?O PFL está muito espaçoso e está se comportando como se fosse dono da candidatura Ciro. Mas não aceitarei isso?, diz Freire, que brigou, sem sucesso, para impedir a aliança informal com o partido. Segundo ele, em alguns Estados, os pefelistas impedem até mesmo que candidatos a deputado federal e senador da coalizão discursem em comícios do candidato da Frente Trabalhista a presidente. ?É uma atitude, no mínimo, inaceitável. Até ontem, eles não sabiam nem para onde ir na eleição presidencial?, afirma Freire.

O presidente nacional do PPS conta que, em Minas Gerais, a candidata a senador Júnia Marise (Frente Trabalhista) foi excluída da lista de políticos que falariam num comício com a presença de Ciro. O mesmo ocorreu em Santa Catarina, Estado do presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen, que hoje é um dos entusiastas da candidatura do ex-ministro da Fazenda. ?O PFL quer, por exemplo, coordenar a campanha em Goiás. O PPS não aceitará isso?, afirma Freire.

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