Força-tarefa apura remessa

Brasília – A Procuradoria-Geral da República vai organizar uma nova força-tarefa para apurar a remessa ilegal de divisas não só pelo Banestado em Nova York, mas também por meio de agências do Banco do Brasil no exterior e do Swiss Bank, que recebeu quase metade dos recursos depositados em Foz do Iguaçu.

Pela CPI

A informação foi transmitida ontem à CPI dos Banestado, que investiga a remessa ilegal de dinheiro para fora do País, pelo procurador Carlos Fernando dos Santos Lima. Ele e mais três procuradores integram a força-tarefa do Ministério Público da União encarregada de apurar o esquema que operava no Banestado.

Os procuradores depuseram ontem na comissão por mais de sete horas. Parte da sessão foi fechada.

Santos Lima informou aos parlamentares que a Justiça norte-americana liberou novos documentos sobre as operações realizadas por intermédio do Banestado.

Cooperação

Segundo ele, o Banco Itaú, que adquiriu o Banestado, tem cooperado com o trabalho da força-tarefa, liberando informações sobre movimentações irregulares feitas na extinta agência de Nova York.

Na avaliação do procurador, as autorizações especiais concedidas pelo Banco Central a agências de cinco bancos instaladas em Foz do Iguaçu “incrementaram a evasão de divisas e abriram um esquema criminoso que até hoje não foi fechado”.

Ele disse estranhar o fato de a instituição ter dado autorização ao Banco Araucária, “de pequeno porte e com pouco tempo de operação”. “E o Araucária foi, juntamente com o Banestado, o grande responsável pelo trânsito fraudulento de divisas para o exterior”, denunciou.

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