Fome Zero terá custo de R$ 1 mil/habitante

Brasília 

– O governador eleito do Piauí, Wellington Dias (PT), disse há pouco que o projeto-piloto do programa Fome Zero deverá custar cerca de R$ 1.000,00 por habitante em dois anos, nas cidades de Guaribas e Acauã, em seu Estado, onde ele será implantado em caráter pioneiro. Anteontem, Dias definiu com o coordenador do programa, José Graziano, os detalhes do projeto-piloto, que deverá ser implementardo em seu Estado no início do próximo ano.

No encontro, ficou estabelecido que os moradores dos dois municípios receberão um cartão com crédito equivalente a R$ 50 00 por mês. Haverá um conselho econômico-social que fará o controle e acompanhamrento da utilização dos cartões, bem como da contrapartida que será exigida pelo governo federal das famílias que estiverem recebendo esse auxílio. Uma dessas contrapartidas será, segundo Dias, a manutenção das crianças na escola.

Dias afirmou que, na próxima semana, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, deverá ir ao Piauí para assumir “um compromisso público” de começar o Fome Zero naquele Estado. Os municípios de Guaribas e Acauã foram escolhidos para sediar o projeto-piloto do Fome Zero devido a seus indicadores sociais. Guaribas, com 4.800 habitantes, possui, segundo o governador eleito, os piores indicadores sociais do Brasil: apenas 1% das residências têm água potável e banheiro e mais de 75% da população com 15 anos ou mais de idade são analfabetos. Acauã, por seu turno, detém a menor renda per capita do País, hoje na casa dos R$ 90,00.

Projeto espera reunir 5 milhões de empresas

São Paulo

(AE) – O diretor-presidente do Instituto Ethos, Oded Grajew, um dos pioneiros no País em aliar atividades empresariais a programas de inclusão social, afirmou que a meta da entidade é mobilizar de 4 a 5 milhões de empresas em todo o Brasil para o Projeto Fome Zero – uma das principais plataformas do novo governo. “Pode parecer ambicioso, mas estamos trabalhando não a mil, mas a milhões por hora para que o empresariado esteja engajado nesses projetos”, destaca Grajew, principal interlocutor do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva nessa área.

Segundo o presidente do Instituto Ethos, o envolvimento do empresariado na proposta, que abrange diversas idéias, tais como o primeiro emprego para jovens, infra-estrutura educacional nas áreas rurais e urbanas, renda mínima, bolsa-escola e combate à desnutrição, entre outros, fará com que o novo governo tenha custo zero nessas ações, uma vez que elas serão bancadas pelo setor privado. Para Grajew, ao pôr a inserção social como uma das prioridades do mandato, Lula consegue despertar um interesse cada vez maior de empresários que desejam contribuir. O presidente do instituto destaca: “Convocar o empresariado, desde o micro até o grande empreendedor, em nome do presidente da República, acaba produzindo uma mobilização maior. Esse é o grande diferencial de se colocar a inclusão social como prioridade governamental.”

Depois da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, realizada em novembro, vários empresários começaram a buscar caminhos para trazer os empreendimentos para a realidade.

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