A perícia da Universidade de Campinas – Unicamp confirmou que foi mesmo o cantor Belo quem mantinha conversas com um traficante carioca, na gravação apresentada à imprensa no mês passado. O anúncio foi feito ontem pelo especialista Ricardo Molina. Na gravação, Belo conversa com Valdir Ferreira, o Vado, gerente do tráfico no Morro do Jacarezinho.
Numa conversa “cifrada” o cantor pagodeiro aceita dar R$ 10 mil para o traficante, numa negociação de drogras. Grampeado, com autorização da Justiça, Belo se envolve na troca de “um tecido fino” por um “tênis AR-15”, o que se seria droga por um fuzil AR-15.
Belo vinha negando que seria a voz dele a captada pelo grampo, mas agora a versão oficial não deixa dúvidas que o telefonema foi mesmo para a casa de Belo, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O cantor chegou a afirmar que funcionários de uma reforma de sua casa poderiam ter atendido o telefone, pois até 20 profissionais ficaram no local na época do grampo. O antigo componente do Soweto chegou a entregar suas contas telefônicas e abrir mão de seu sigilo. Mas nada está convencendo a polícia.