Fiocruz vai produzir anti-retroviral na África

A primeira sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fora do continente brasileiro deverá ser inaugurada até o fim do ano, em Maputo, capital de Moçambique. A ação faz parte da estratégia do Ministério das Relações Exteriores de incrementar os acordos de cooperação com os países africanos, sobretudo com os membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa – Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Angola e Cabo Verde.

Estão previstas, entre outras atividades da fundação, a instalação de uma fábrica de anti-retrovirais – remédios usados no tratamento da aids – e outros medicamentos em Moçambique, assim como a formação de recursos humanos. “Hoje, temos um mestrado em Angola – em saúde pública; um em Moçambique – de laboratório; e um doutorado em Cabo Verde e na Guiné-Bissau. A idéia é formar os primeiros 43 alunos esse ano e, depois, abrir uma turma de doutorado para 12 alunos”, explicou o coordenador de Cooperação Internacional da Fiocruz, José Roberto Ferreira.

Pesquisadores da fundação já concluíram o estudo de viabilidade para a instalação da fábrica de medicamentos em Maputo, que tem o custo estimado de R$ 35 milhões, mas ainda dependem de uma fonte de financiamento internacional.

Na última sexta-feira (5), o ministro de Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Oldemiro Balói, esteve no Rio e em Brasília. Na capital federal, assinou um acordo com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para implantação da nova sede.

No Rio, reuniu-se com o presidente da Fiocruz, Paulo Buss, para falar da participação da fundação no acordo de cooperação entre os dois países, assinado em setembro do ano passado, que prevê a instalação da fábrica de anti-retrovirais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.