Fiocruz deve produzir vacina contra catapora

O Ministério da Saúde assinou na manhã de hoje um acordo para transferência de tecnologia entre a farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK) e o laboratório público Biomanguinhos (Fiocruz), visando a produção nacional de vacina contra a varicela – mais conhecida como catapora.

Serão gastos R$ 127,3 milhões por ano com a nova vacina, que será incluída no calendário público infantil a partir de agosto de 2013 – em vez de receberem duas doses da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), aos 12 meses e quatro anos de idade, as crianças serão vacinadas com a tetraviral, que incluirá a catapora.

“Com apenas uma picada o Brasil vai poder proteger suas crianças de quatro vírus diferentes. Isso é melhor para a criança, aumenta a adesão à vacinação, e também gera uma economia na aplicação”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante o evento, na Fiocruz.

Segundo o ministério, a catapora é responsável por cerca de 11 mil internações e mais de 160 mortes por ano no Brasil. A Sbim (Associação Brasileira de Imunizações) estima que os números da doença sejam mais altos, já que apenas casos graves acabam registrados.

“Não é só um esforço de orgulho nacional, é uma decisão estratégica do governo. Queremos estar imunes a qualquer variação cambial ou decisão estratégica de empresas estrangeiras. Só podemos ter o calendário de vacinação que temos porque 96% das vacinas são produzidas no país”, disse Padilha.

Essa é a terceira mudança no calendário vacinal confirmada neste ano. O ministério anunciou ainda a vacina injetável contra a pólio e junção de algumas vacinas em uma só – a pentavalente.   

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