Ao empossar os dirigentes da Agências Nacionais de Desenvolvimento da Amazônia (ADA) e do Nordeste (Adene), o presidente Fernando Henrique Cardoso disse que ?ninguém pode evitar que haja desvios, que haja corrupção aqui e ali, mas não podemos permitir que ela seja sistêmica?. Segundo Fernando Henrique, é preciso sempre apurar as denúncias de corrupção e trabalhar para que eventuais desvios sejam controlados pelos canais competentes – Ministério Público (MP) e Justiça.
A ADA e a Adene substituem as extintas Superintendências de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e do Nordeste (Sudene), que deixaram de existir em 2001 por causa de casos de corrupção. O presidente afirmou que as novas repartições públicas têm como objetivo dar mais transparência às ações de incentivo econômico no Norte e Nordeste. Diferentemente da Sudam e da Sudene, que recebiam recursos de impostos redirecionados de empresas, a Ada e Adene contarão com verbas do Orçamento da União. Neste ano, a previsão para os dois órgãos no orçamento é de R$ 1 bilhão.
A liberação de projetos de desenvolvimento começa a partir de agora e a idéia é condicionar a ordem de recursos a rígidos critérios técnicos. Entre os empossados hoje, estão a diretora-geral da ADA, Teresa Mártires Coelho Rosa, e mais seis diretores das duas agências. Por dificuldades de comparecer a Brasília hoje , segundo informações da Presidência da República, o diretor-geral da Adene, Evandro José Moreira Avelar, só tomará posse no cargo na quarta-feira (24).