O incêndio que atingiu hoje a favela Arthur Bernardes, localizada na zona oeste de Manaus, deixou 545 famílias desabrigadas e afetou cerca de 2.000 pessoas, segundo a prefeitura. Não houve registro de feridos.

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As famílias foram abrigadas em um ginásio esportivo e casas de parentes nos bairros de São Jorge e São Geraldo. A favela, que foi completamente destruída, era formada por palafitas (casas de madeira), fincadas em um igarapé, braço do rio Negro.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio começou por volta das 8h (10h no horário de Brasília). Foi controlado cinco horas depois, mas equipes ainda fazem o rescaldo no local.

ndícios de que um curto circuito em uma casa desencadeou as chamas, mas as causas ainda são investigadas.

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Morador da favela, Daniel Monteiro, 20, disse que sua casa foi complemente destruída. Ele afirmou que os bombeiros demoraram a chegar. “Chamamos os bombeiros e eles não chegaram a tempo. Eu e minha mãe perdemos tudo”, disse.

O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Antônio Dias, disse que as equipes chegaram cinco minutos após a primeira chamada. “Os bombeiros tiveram dificuldades no acesso e na locomoção debaixo das palafitas”, afirmou.

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Na mesma favela viviam famílias que tiveram casas inundadas pela enchente do rio Negro entre os meses de maio e julho. Elas são cadastradas pelo governo estadual em um programa social, mas ainda não foram beneficiadas com moradias.

O governo do Amazonas anunciou que está cadastrando os desabrigados para entrega de colchões, cestas básicas e assistência na emissão de documentos perdidos. Eles receberão ainda uma bolsa auxílio de R$ 300.

Roubos

Enquanto moradores da favela eram afetados pelo incêndio, ladrões aproveitaram o tumulto e roubaram eletrodomésticos, eletroeletrônicos, geladeiras e televisores, ainda segundo o Corpo de Bombeiros.
No desespero, muitas famílias jogaram pertences dentro do igarapé na tentativa de salvá-los das chamas.