Farc usam o Paraná para esconder líderes da guerrilha

São Paulo

– O comando superior das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) estaria mantendo no Brasil pelo menos três abrigos para grupos de elite da guerrilha. O maior deles ficaria em Guaíra, no sul do Paraná, em uma fazenda de 6,8 mil hectares. A propriedade é de Ahmad Mohamad, libanês naturalizado no Paraguai e preso pela Polícia Federal há sete meses. Os outros dois refúgios, em Miranda, no Mato Grosso do Sul, e em Boa Vista, capital de Roraima, são menores e funcionariam como uma espécie de hospedaria para os guerrilheiros colombianos em trânsito, para a Europa principalmente. As informações constam de um relatório da força antiguerrilha da Colômbia. Ao documento reservado estão anexadas cópias de um texto do setor equivalente no Comando Sul dos Estados Unidos. Os agentes americanos relacionam as mesmas áreas com uma operação de cobertura a militantes dos grupos radicais palestinos Hammas e Hezbollah. Os colombianos divergem dessa análise. Para eles, as pessoas mantidas nesses três centros de cobertura integrariam quadros das Farc com formação profissional de nível universitário. São designados para manter contatos e agir no exterior, legitimando dinheiro obtido com a venda da proteção armada ao narcotráfico.

Voltar ao topo