Os familiares e amigos das vítimas do acidente com o Airbus A330 da TAM, que matou 199 pessoas em 17 de julho de 2007, realizarão nos dias 16 e 17 de fevereiro um encontro em São Paulo para acompanhamento das investigações e caminhada de mobilização com a participação de diversas entidades.

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Em seu sexto encontro, a Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo TAM JJ3054 (Afavitam) se reunirá no Hotel Sofitel Ibirapuera, na zona sul, para averiguar a situação das investigações das causas do acidente e os avanços do inquérito policial que apura as responsabilidades pela tragédia. Será discutida a criação da Câmara de Conciliação proposta pelas autoridades para agilizar o pagamento extra-judicial das indenizações, com a presença de representantes da Defensoria Pública, Ministério Público, Procon de São Paulo e da TAM. Em seguida, a associação recebe o secretário geral da Federação Internacional das Vítimas de Acidentes Aéreos (Fivaa), Gerard David, para oficializar sua filiação à entidade sediada na França.

No domingo, a entidade promove a "Caminhada pela Vida, Verdade e Justiça", com concentração às 14 horas no Parque do Ibirapuera, em frente à Assembléia Legislativa. Os participantes seguirão em direção à Av. Washington Luís para ato ecumênico às 17 horas no antigo terreno da TAM Express, em frente ao aeroporto de Congonhas. Estarão presentes na mobilização diversas entidades, como sindicatos dos aeronautas e dos aeroviários, associações de moradores do entorno de Congonhas, famílias de vítimas e amigos do acidente com o vôo Gol 1907 (2006) e do vôo TAM 402 (1996). A associação também homenageará o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil e o IML.

De acordo com a Anfavitam, o objetivo da manifestação é sensibilizar a sociedade para a necessidade de exigir soluções para a falta de segurança no transporte aéreo brasileiro. "A caminhada é uma resposta às autoridades que anunciaram publicamente mudanças radicais para garantir a segurança do sistema aéreo e, meses depois, cederam vergonhosamente aos interesses econômicos e políticos. Tamanho retrocesso demonstra o total desrespeito às normas internacionais de segurança e à vida", declarou o presidente da associação, Dario Scott.

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