Extradição de Glória Trevi gera desentendimento diplomático

A cantora mexicana Gloria Trevi tornou-se desde ontem o pivô de um desentendimento diplomático. Autoridades mexicanas descumpriram o acordo fechado na semana passada com o Brasil, segundo o qual a artista deveria embarcar no vôo da Aeroméxico que decolou aos 45 minutos de ontem do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, para a Cidade do México. Ela deverá responder naquele país às acusações de corrupção de menores e rapto. Alegando que o vôo não oferecia condições de segurança à cantora por ter entre seus passageiros vários jornalistas, os policiais mexicanos que deveriam escoltá-la na viagem para o México desistiram de embarcar poucos minutos antes da decolagem.

Às 9h de hoje, um avião fretado pela Procuradoria do México aterrissou em Cumbica com o objetivo de transportar a artista. No entanto, o governo brasileiro não autorizou a viagem no avião fretado sob o argumento de que o combinado foi que ela viajaria em um vôo de carreira. A assessoria de imprensa da Polícia Federal em São Paulo, porém, afirmou ontem à noite que, numa reunião entre o Ministério da Justiça e a Embaixada do México, ficou decidido que a cantora embarcará num avião de carreira, provavelmente hoje. Caso os policiais mexicanos não concordem com a decisão, Gloria Trevi voltará para a prisão em Brasília.

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