Ex-presidente do BRB preso na Operação Aquarela será submetido a acareação

Brasília – Durante o fim de semana o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Tarcísio Franklin de Moura, preso nesta quinta-feira (14) durante a Operação Aquarela, da Polícia Civil do Distrito Federal, será submetido a acareação com a secretária do doleiro Georges Kammoun, também preso. A informação é do delegado responsável pelo inquérito, Celso Ferro.

Moura é acusado de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro que pode ter desviado mais de R$ 8 milhões dos cofres públicos. A secretária contou à polícia que desde o ano passado entregava dinheiro em espécie ao ex-presidente do banco, cujo advogado, Bruno Rodrigues, disse já ter entrado com pedido de liberdade para o cliente.

A Justiça autorizou a quebra de sigilo bancário e fiscal dos 19 presos durante a operação. Também pediu o bloqueio de todos os bens, incluindo contas bancárias, carros e imóveis. Na próxima quarta-feira (20), um grupo de trabalho começará a estudar o material apreendido. O grupo será formado por funcionários do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, da Polícia Civil e da Receita Federal.

O delegado Celso Ferro informou que estão sendo investigados contratos, feitos sem licitação, entre o BRB, a editora Corte e a ATP Tecnologia e Produtos. Em entrevista coletiva á imprensa, ele disse que as investigações começaram em 2005, quando os desvios já somavam R$ 8 milhões: ?Não sabemos quanto foi desviado no total, pois ainda estamos analisando os documentos apreendidos?.

A Operação Aquarela investiga um esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. É resultado de cooperação com o Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf), um órgão do Ministério da Fazenda, e com o Departamento de Recuperação de Ativos Financeiros e Cooperação Jurídica, do Ministério da Justiça.

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