Ex-presidente da Vasp é condenado a oito anos de prisão

A Justiça Federal condenou Wagner Canhedo Azevedo, ex-presidente da Vasp (Viação Aérea São Paulo), a oito anos e oito meses de prisão por ter deixado de repassar à Previdência Social contribuições recolhidas dos funcionários da companhia. O valor chegaria a R$ 35 milhões, de acordo com a Procuradoria da República.

Como a decisão é de primeira instância, ainda cabe recurso. Se a sentença não for reformada na segunda instância, ele deve cumprir a pena em regime fechado e não poderá converter a pena restritiva de liberdade por pena restritiva de direitos (como a perda de bens e valores, por exemplo), de acordo com a sentença do juiz Fábio Rubem David Muzel, da 7ª vara da Justiça Federal.

A denúncia foi feita pelo MPF (Ministério Público Federal), que acusa Azevedo de apropriação indébita (quando se apropria de coisa ou valor de terceiros) por ter deixado de recolher, entre maio de 2003 e dezembro de 2004, as contribuições previdenciárias.

Ele também foi acusado de suprimir contribuição previdenciária por meio da omissão de GFIPs (guias de recolhimento do FGTS) e de omissão de informações às autoridades em relação a tributos relativos às contribuições ao Incra, ao Fundo Aeroviário e ao FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Nesses dois casos, porém, o ex-presidente da Varig foi absolvido.

Outro lado

A reportagem tentou entrar em contato com o advogado de Azevedo, Ricardo Alexandre de Freitas, repetidas vezes, desde as 11h30, e deixou recado para que ele retornasse a ligação assim que possível.

Funcionários do escritório disseram que ele não estava no local e que outros compromissos e reuniões impossibilitariam o contato com Freitas ainda hoje.

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