Estudo aborda o impacto infra-estrutural na Amazônia

Subsidiar transporte aéreo na Amazônia, em vez de abrir mais estradas; criar mais fazendas de piscicultura em hidrovias, como substitutas para criação de gado; e facilitar a propriedade de terras para quem preserva a mata. Essas são algumas das políticas recomendadas pela ONG Conservation International (CI) para reduzir o impacto da integração regional na Amazônia. O estudo da CI foi o foco de um seminário realizado ontem, em Washington, pelo Brazil Institute do Woodrow Wilson International Center for Scholars, com apoio do jornal O Estado de S. Paulo. No evento, foram debatidos os impactos da Iniciativa para Integração da Infra-Estrutura Regional da América do Sul (IIRSA, na sigla em inglês) sobre a Amazônia.

O estudo ?A tempestade perfeita na Amazônia: desenvolvimento e preservação no contexto da IIRSA? também será encaminhado a autoridades brasileiras. O IIRSA prevê a construção de rodovias, hidrovias e ferrovias para interligar a região amazônica, além de oleodutos, gasodutos e linhas de energia. Tudo isso dentro na região de maior biodiversidade do planeta: Amazônia, cerrado e Andes tropicais.

Segundo Timothy Killeen, da Conservation International e autor do estudo, será essencial expandir o mecanismo de créditos de carbono para evitar o desmatamento. Killeen calcula que a Amazônia esteja avaliada em US$ 1 trilhão a US$ 10 trilhões em créditos de carbono. Ao se implementar o sistema de recompensas a países por desmatamento evitado, uma redução anual gradual de 5% no desmatamento poderia render US$ 647 milhões no primeiro ano para os países e US$ 8,6 bilhões no décimo ano. Esses recursos poderiam ser investidos em saúde e educação para populações locais.

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