Escolas de samba do Rio de Janeiro fazem mistério

O mistério faz parte do enredo de todos os anos. Apesar de as escolas do grupo de elite do carnaval do Rio trabalharem em barracões lado a lado na Cidade do Samba, os carnavalescos tentam esconder o que vão mostrar na avenida. São dois temores. O maior é que as rivais copiem algo. O outro é que o impacto na avenida seja menor. Este ano, a Beija-Flor, dez vezes campeã do carnaval, colocou até galho de arruda e imagens de santos para proteger a entrada do seu barracão.

Mas as histórias circulam. As maiores ousadias saem da cabeça de Paulo Barros, o carnavalesco da Viradouro. No enredo ?É de Arrepiar?, Barros, que nunca ganhou um título nos quatro carnavais que criou, arrisca. ?Prefiro correr riscos do que passar com a Viradouro sem que ninguém perceba?, diz. O desfile da escola já começa lá no alto. O abre-alas será uma pista de esqui de 26 metros, com 30 esquiadores.

Cerca de 20 toneladas de gelo vão fazer nevar na Sapucaí. Em outro carro, 28 componentes vão atravessar a avenida de cabeça para baixo. Em uma das paradinhas da bateria, os ritmistas vão levantar a rainha de bateria, Juliana Paes, como se ela fosse uma taça de campeão.

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