Equipes de TV são expulsas por taxistas em ato contra Uber em SP

Duas equipes de reportagem da Rede Globo e outra da GloboNews foram hostilizadas e expulsas com empurrões e cornetadas do protesto dos taxistas, nesta quarta-feira, 9, em frente à Câmara dos Vereadores.

A primeira equipe, formada pela jornalista Michele Loreto e pelo cinegrafista Luciano Matioli, foi agredida no momento em que Antonio Matias, o Ceará, presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores nas Empresas de Táxi (Simtetaxis) concedia uma entrevista sobre o projeto de lei que será votado durante a tarde e que pode proibir o aplicativo Uber. O representante da entidade iria explicar por que a categoria é contra o serviço.

A repórter e o cinegrafista tiveram que fugir para dentro da Câmara Municipal. Antes, Ceará tinha subido no carro de som para repreender taxistas que xingavam as equipes da emissora. Um carro com a logo da Rede Globo foi coberto por adesivos distribuídos por taxistas.

Na sequência, os taxistas hostilizaram profissionais da GloboNews, canal pago de notícias da Rede Globo. Uma terceira equipe de reportagem também foi abordada pelos manifestantes e precisou ser escoltada pela Guarda Civil Metropolitana (GCM).

No final da manhã desta quarta-feira, centenas de veículos brancos se enfileiravam entre a Câmara e a Avenida Brigadeiro Luiz Antônio.

Protesto

Taxistas fazem manifestação diante da Câmara Municipal de São Paulo, na região central, desde a manhã desta quarta para pressionar os vereadores a aprovar o projeto de lei que proíbe o aplicativo Uber na capital paulista.

Uma das pistas do Viaduto Jacareí já está interditada com carros estacionados em frente ao prédio, à espera de comboios que saem de outras partes de São Paulo. São esperados, segundo os organizadores, cerca de 5 mil profissionais. Taxistas de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná se juntam ao grupo.

Às 15 horas, os vereadores votam o projeto que torna ilegal o serviço de aplicativos que concorre com os táxis. Após a votação, os taxistas prometem ir ao prédio da Prefeitura, no Viaduto do Chá, para pressionar o prefeito Fernando Haddad (PT) a sancionar a lei.

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